Ora Então Um Grande Bem Haja ... oprazerdainsolencia@sapo.pt
Sexta-feira, 14 de Janeiro de 2005
empregados demorados
o que fazer quando estão num restaurante e nenhum empregado vos atende? todos nós ja passámos por isto... so mesmo quem nunca foi a um restaurante não terá queixas deste género... (no meu post Insolente no restaurante abordei a temática dos restaurantes finos cuja problemática não se aplica neste caso específico) ...
no outro dia fui almoçar fora... pedi um cestinho de pão mas este demorou tanto tempo a chegar que em vez de almoçar... jantei. tenho ideia que se entrasse nesse restaurante agora, quando voltasse á rua a luz do sol cegar-me-ía, ja teria a barba por fazer e entretanto já o ps estava no poder...
quantas vezes queremos pedir mais uma manteiguinha de alho ou um patê daqueles ranhosos de sardinha (quem é que come aquela merda? a serio eu não sei... se alguem gostar daquilo é favor notificar-me via comentário... é mesmo só por curiosidade... eu não vos faço mal) e ninguem nos liga nenhuma?
quanto tempo mais serão os nossos pshht faz favor tá óvire ignorados?
esse problema acabou e a resposta é simples... dar nas vistas de forma discreta... não custa nada... a melhor maneira de chamar a atenção de um empregado é mesmo dar nas vistas, contudo declamar passagens dos lusíadas, gritar a pulmões abertos eu gosto de laura pausini ou (como fazia o michael jackson) lançar criancinhas pela janela (ele tem muitas não se preocupem)... apesar de resultar, é capaz de não ser lá muito bom para a vossa imagem... podem simplesmente deixar cair uma faca (certifiquem-se de que fará barulho... aproveitem um momento de silêncio ou isso)... vem de lá logo um senhor atrapalhado para lhe trocar o talher... ao qual se responde traga-me lá uma faquinha então... e já agora era mais um cestinho de pão e uma garrafinha de água fresquinha se fizer favor... sem stresses nem confusões, é tudo uma questão de funcionalidade... se por acaso a faca não resultar... ops vai um copo e em casos extremos pode-se sempre pegar fogo á toalha... sem querer pois claro... foi o miudo, coitadinho...
e agora é tempo da pergunta existencial... quanto tempo espera um palestiniano até decidir rebentar com o restaurante? será que em israel os empregados são assim tão demorados? ou é a malta da palestina que não sabe esperar? e será que no meio dos destroços ainda se ouve o palestiniano danado dizer então mas esse bitoque vem ou não vem?
imagine-se o palestiniano sossegadito lá na mesa do canto sem que ninguem se digne a apontar-lhe o pedido... que é que ele faz? liga-me pois claro e pergunta assim, epá ó Insolente tou aqui á que tempos no tavares mas ninguem me liga nenhuma pá, é a tal coisa... diz-me do alto de toda a tua sabedoria, qué que eu faço? (isto tudo lá na lingua deles)... lá lhe expliquei a técnica da faca e que aumentasse a intensidade se necessário... do que eu não estava á espera era de o ver á noitinha no telejornal... tenho ideia que era ele... não lhe encontrei a cabeça mas tava lá um braço no entulho com uma tatuagem a dizer i love pop corn e não acredito que em toda a faixa de gaza mais alguem tenha uma tatoo que diga i love pop corn é uma coisa nossa que eu não posso explicar...
como isto já se passou à algum tempo, temo ter sido o inventor do conceito de bombista suicida... por outro lado... não
conclui então que a maioria dessa malta que anda para aí a explodir com restaurantes até nem são bombistas suicidas... fartam-se é de esperar pelo ice tea de pêssego... aliás em israel não existem livros de reclamações, mas antes, bombas de reclamações... podes explodir uma mesa, a cozinha, o restaurante ou o quarteirão dependendo da queixa... de qualquer forma eles também não são um povo lá muito paciente... ainda no outro dia esse meu amigo queria saber o resultado do portugal lichenstein e eu como é natural tava com vergonha de lhe dizer, só que ás tantas ele diz-me assim epá ou te chibas ou rebento contigo... ele depois até se riu mas na altura aquilo assusta porque eles têm aquela mania estranha de irem pelos ares e eu na dúvida lá lhe disse... mas também já tou farto de o avisar olha que tu um dia ainda te aleijas, a brincadeira sai-te cara mas ele é que sabe... de qualquer forma ele ainda está no início de carreira... só mata cães e deputados
quando eramos miudos ele gostava era do carnaval... enquanto eu atirava bombinhas de mau cheiro ele lançava uns rockets pequeninos que fazia lá na garagem do tio. tambem gostavamos muito de atirar balões de ácido sulfúrico na assembleia... era a paródia ver os deputados a sair la de dentro a correr de braços no ar aos gritos... ai ai ai, ai ai ai diziam eles na brincadeira...
este post inicialmente estava destinado ser uma espécia de guia comportamental em restaurantes ordinários mas acabou a falar da história de um rapazinho palestiniano... eu as vezes perco um bocado o controlo... peço desculpa
ora então um grande bem haja